Já estão definidas as datas do II Congresso de Jornalismo Cultural: o evento realizado pela Revista CULT ocorre entre os dias 3 e 6 de maio de 2010 no Teatro TUCA, em São Paulo. Serão reunidos jornalistas, intelectuais, escritores e artistas brasileiros e estrangeiros para discutir e analisar a produção cultural contemporânea acadêmica e jornalística.
Em 2009, o I Congresso de Jornalismo Cultural reuniu cerca de 3 mil pessoas, principalmente graduandos e pós-graduandos de jornalismo, durante cinco dias de evento. Entre os palestrantes convidados estavam os principais jornalistas do país.
Também participou do evento o espanhol Juan Cruz, um dos principais jornalistas europeus, diretor-adjunto do espanhol El País.
A televisão e a qualidade dos programas de entretenimento também pautaram as discussões no I Congresso de Jornalismo . O professor da ECA-USP e ex-presidente da Radiobrás Eugênio Bucci destacou a necessidade de fazer debates como aquele promovido pela Revista CULT: “É uma grande vitória quando um congresso consegue dialogar sobre vários aspectos da televisão brasileira de forma democrática”, disse. Da mesma forma, Alfredo Manevy, Secretário Executivo do Ministério da Cultura, afirmou que aquele foi um “momento histórico. Nunca o Brasil parou para discutir políticas públicas para a cultura com alunos universitários. É importante que a grande imprensa reproduza e dê destaque para esse debate”.
Realizado em parceria com ECA-USP, UFRJ, UNESP, UFREGS, PUC-SP, PUC-RS, Cásper Líbero, Mackenzie e Metodista, o II Congresso de Jornalismo Cultural trará novos debates e temas ligados à comunicação e à produção cultural, que certamente gerarão discussões e reflexões que contribuirão para o desenvolvimento da visão crítica e do repertório dos participantes.
Mais informações podem ser obtidas com Gabriela Longman, coordenadora do II Congresso, através do e-mail: congresso2010@revistacult.com.br
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A formação do jornalista
O fórum sobre a formação acadêmica na área de jornalismo encerrou o último dia do Congresso de Jornalismo Cultural, realizado entre os dias 4 e 8 de maio, no TUCA (teatro da PUC-SP), em São Paulo. O evento foi uma iniciativa da revista CULT, com a intenção de debater sobre a produção cultural e o espaço dedicado à crítica na imprensa brasileira.
Participaram da mesa final os professores Carlos Costa, da Faculdade Cásper Líbero, José Luiz Proença, da ECA-USP, Angela Schaun, do Mackenzie, Cida Golin, da UFRGS, Hamilton Octavio de Souza, da PUC-SP, Luiz Augusto Teixeira Ribeiro, da UNESP de Bauru, Nivaldo Ferraz, da Anhembi Morumbi, Vitor Necchi, da PUC-RS, e Rodolfo Carlos Martino, da Metodista.
Temas como a preparação do aluno para o mercado de trabalho e o dia-a-dia das redações foram discutidos. A importância da formação acadêmica para lidar de forma crítica com os produtos culturais da atualidade também foi um dos assuntos abordados.
O Congresso de Jornalismo Cultural reuniu os principais jornalistas do país, além do diretor-adjunto do jornal espanhol El País, Juan Cruz. Acadêmicos, escritores, músicos e cineastas também participaram das mesas de debate, como Cristovão Tezza, vencedor do prêmio Jabuti de 2008, o compositor Lobão, e o roteirista Bráulio Mantovani.
Foto: Renato dos Anjos
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Programação: dia 8
10h às 12h30 – Fórum: A formação acadêmica em jornalismo
– Como se preparar para o mercado sem esquecer de estimular a crítica e a reflexão
– Como não reproduzir os mecanismos viciados da grande imprensa
– Qual é o papel da formação universitária em jornalismo?
Professores:
Angela Schaun – Coordenadora de Pesquisa do Centro de Comunicação e Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Cida Golin – Professora do departamento de Comunicação da UFRGS
Carlos Costa – Professor e coordenador do curso de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero
Hamilton Octavio de Souza – Professor e chefe do departamento de Jornalismo da PUC-SP
Luiz Augusto Teixeira Ribeiro – Professor da UNESP, em Bauru (SP), e diretor de base do interior do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
José Luiz Proença – Professor da ECA-USP e Sócio da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo
Nivaldo Ferraz – Coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi
Rodolfo Carlos Martino – Professor e coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Metodista
Vitor Necchi – Professor da Faculdade de Comunicação Social e assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da PUC-RS
Mediador: Fábio Takahashi – Repórter do caderno Cotidiano do jornal Folha de S.Paulo e especialista em educação
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O papel de editor
Para encerrar o quarto dia de palestras, experientes jornalistas dividiram a mesa para debater sobre reportagem e edição. Artur Xexéo, editor do segundo caderno do jornal O Globo, Marcos Augusto Gonçalves, ex-editor do caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo, Claudia Laitano, editora de cultura do Zero Hora, e Robinson Borges, editor cultural do Valor Econômico apresentaram suas visões.
Os palestrantes apresentaram a história da criação e da implementação de seus respectivos cadernos culturais, fazendo um paralelo com antigos suplementos como o Folhetim e o do Jornal do Brasil.
Outros pontos abordados foram a atuação do editor na escolha da pauta e como equilibrar o jornalismo de serviço com a crítica cultural.
Fotos: Renato dos Anjos
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A cobertura das artes plásticas
O debate sobre artes plásticas, realizado na tarde desta quinta-feira, avaliou a produção atual na área e como a crítica dá conta de analisá-la. Participaram da mesa Paulo Pasta, artista plástico e professor da FAAP, Ana Maria Tavares, artista e professora da ECA-USP, Fábio Cypriano, professor da PUC-SP e crítico do jornal Folha de S. Paulo, e Rico Lins, designer gráfico. Alexandre Martins Fontes, arquiteto e diretor-executivo da editora Martins Fontes, foi o mediador.
Para Paulo Pasta, participar do Congresso foi uma surpresa, uma vez que sua posição no debate se encontra do lado oposto à crítica. Mesmo assim, aproveitou para analisar a produção artista hoje no Brasil. “Vemos hoje mais canais para a divulgação, maior número de artistas e um aumento no público, mas o cenário das artes plásticas ainda é incipiente e precisa ser expandido”, afirmou.
Fábio Cypriano, autor do livro Pina Bausch (Cosac Naify), destacou alguns pontos importantes que jornalistas devem levar em conta durante a cobertura das artes plásticas. Segundo ele, o texto deve adotar tom mais didático, pois é uma área bastante específica do jornalismo cultural. Porém, a crítica deve existir em todas as matérias.
Fotos: Renato dos Anjos
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O Congresso de Jornalismo Cultural reuniu participantes vindos de diversos estados do país, entre estudantes e profissionais da área, com a intenção de debater sobre o cenário cultural do Brasil.
As amigas Isabela Evelin, 21, e Larissa Gomes, 21, são estudantes de jornalismo no Instituto de Educação Superior de Brasília, localizado na Asa Norte do Distrito Federal, e aproveitaram o Congresso para colher experiências ao lado profissionais consagrados do jornalismo cultural.
“Gosto da área de música e foi o debate que mais me marcou”, afirma Larissa. Já Isabela destacou a importância do evento para sua formação. “Pude tirar muito proveito das experiências desses jornalistas. Isso é importante, pois nos ajuda a achar uma direção na carreira”, completa.
O estudante de jornalista e poeta da cena independente de Aracaju, André Teixeira Neto, 34, também apontou para a necessidade de melhorar a capacitação dos profissionais da área. “Temos essa necessidade urgente de melhorar, e os palestrantes conseguiram expor várias ferramentas importantes”, explicou.
Fernanda Gomes Nicz, 33, é formada em cinema e atualmente trabalha com assessoria de imprensa. Segundo ela, a grade de programação foi o destaque. “Achei a programação muito intensa. O diferencial para mim, além dos debates com Luiz Zanin, Manoel da Costa Pinto e Francisco Bosco, foi a aula-show com o José Miguel Wisnik e o Arthur Nestrovski”, concluiu.
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O cinema e a crítica
A palestra que deu início, nesta quinta-feira (dia 7), ao quarto dia do Congresso de Jornalismo Cultural contou com a participação de grandes nomes da crítica do cinema: Isabela Boscov, da revista Veja, Luiz Zanin, do jornal O Estado de S. Paulo, e Sérgio Rizzo, do jornal Folha de S.Paulo. Completou a mesa o roteirista Bráulio Mantovani, autor dos roteiros de Cidade de Deus e 174 – Última parada.
Para Sérgio Rizzo, da Folha de S.Paulo, a formação do crítico de cinema é essencial. “A função da crítica é estabelecer um diálogo estético com a obra e o público. Isso demanda grande repertório, como domínio de texto, capacidade de expressão, além é claro de uma formação na área específica, com leituras sobre cinema e ciências humanas”, concluiu.
Fotos: Renato dos Anjos
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Galeria de fotos: dia 6
Confira as fotos do terceiro dia de palestras do Congresso de Jornalismo Cultural, que contou com debates sobre música, teatro e literatura.
Acesse o Flickr da revista CULT
Crédito: Renato dos Anjos
Acompanhe também a cobertura completa pelo Twitter.
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Programação: dia 7
10h – CINEMA
– A criação e a crítica
– Fazer cinema e escrever sobre cinema
Com:
Isabela Boscov – Crítica de cinema da revista Veja
Bráulio Mantovani – Roteirista. Autor, entre outros, dos roteiros de Cidade de Deus e Palace II
Luiz Zanin – Crítico de cinema do jornal O Estado de S. Paulo. Escreveu o ensaio “O sertão no imaginário cinematográfico brasileiro”, para o livro New Brazilian Cinema (Palgrave USA)
Sérgio Rizzo – Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da FAAP. Crítico de cinema do jornal Folha de S. Paulo. Autor de Cinema (Moinho das artes), entre outros
Mediador: Ricardo Calil – Diretor de redação da revista Trip e crítico de cinema
12h às 13h30 – Almoço
13h30 – ARTES PLÁSTICAS
– A arte e a crítica
Com:
Ana Maria Tavares – Artista plástica e professora da ECA-USP. Autora de Ana Maria Tavares: Depoimento (C/arte), entre outros
Fábio Cypriano – Professor da PUC-SP. Crítico de artes plásticas do jornal Folha de S. Paulo e colaborador da revista inglesa Frieze. Autor de Pina Bausch (Cosac Naify), entre outros
Paulo Pasta – Artista plástico e professor da FAAP
Rico Lins – Designer gráfico
Mediador: Alexandre Martins Fontes – Arquiteto e diretor-executivo da Editora Martins Fontes
16h – Reportagem e edição
– A cobertura cultural nos veículos de circulação nacional
– Qual é o objetivo da pauta?
– Como os jornalistas enfrentam a diversidade cultural?
– Qual é o papel do editor?
Com:
Claudia Laitano – Editora de cultura do jornal Zero Hora, escreveu Agora eu era (Record), entre outros
Artur Xexéo – Editor do Segundo Caderno do jornal O Globo
Marcos Augusto Gonçalves – Editor do caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo, autor de Pós-tudo: 50 anos de cultural na Ilustrada (Publifolha)
Robinson Borges – Editor de cultura do jornal Valor Econômico
Mediador: Wagner Nabuco – Editor da revista Caros Amigos
Bate-papo e tarde de autográfos com o repórter Eduardo Scolese e o fotográfo Sergio Lima, ambos do jornal Folha de S. Paulo e autores do livro Pioneiros do MST (Record 2008).
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A crítica musical hoje
A presença de Lobão, no terceiro dia de palestras do Congresso de Jornalismo, tornou o debate sobre música acalorado. A mesa, que também contou com a presença dos críticos musicais Arthur Dapieve, Pedro Alexandre Sanches e Sérgio Martins, com mediação de Marcos Fonseca, abordou temas como a importância da reflexão nas resenhas musicais e a criação de novos fóruns de debates, como os blogs.
Segundo Arthur Dapieve, a crítica atual perdeu uma de suas principais características, que é analisar a obra de um artista a partir de uma reflexão histórica associada às próprias convicções subjetivas do crítico. “É preciso analisar como uma determinada música interfere em sua vida. Não se pode fazer crítica musical friamente”, explica.
Sérgio Martins endossou a opinião do colega. “O que falta hoje é profundidade às críticas”, explica. “O jornalismo musical passa por um período de transição, assim como o mercado fonográfico”.
Sempre adotando uma postura polêmica, o músico e compositor Lobão, em entrevista, criticou o fato de ser tachado como um maluco falastrão pela mídia. “Quando falo que os alicerces da cultura brasileira são completamente ultrapassados, sou tachado de maluco e marqueteiro. Seria importante que as pessoas me dissessem que estou errado por determinados motivos. Mas não falam”, afirma.
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O espaço dedicado ao teatro na mídia
A jornalista Beth Néspoli, a diretora teatral Cibele Forjaz e o vice-diretor da Faculdade Cásper Líbero Welington Andrade foram os convidados a discutir a crítica e a produção teatral. Com mediação de Samir Yazbek, a mesa deu início às atividades da tarde desta quarta-feira (dia 6).
Para Beth Néspoli, crítica de teatro do jornal O Estado de S. Paulo, os espetáculos teatrais possuem uma função sociabilizadora muito importante e, por isso, deveriam receber mais espaço para debate. “O teatro faz parte da nossa vida. Pode-se viver bem sem, mas melhor ainda com ele”, afirma.
Diretora de peças Rainhas – Duas atrizes em busca de um coração e Vemvai – O caminho dos mortos, Cibele Forjaz destacou o momento profícuo pelo qual o teatro passa, principalmente em São Paulo, cidade que recebe maior visibilidade. “A cidade de São Paulo vive uma verdadeira primavera do teatro”, explica. “Existe uma proliferação muito grande de peças e grupos teatrais, além de um ótimo aumento no público.”
Já Welignton Andrade, doutor em literatura brasileira com ênfase em dramaturgia, criticou a mistificação que envolve projetos teatrais caros e com artistas consagrados. Para ele, existe preconceito com relação ao teatro marginal, pois a análise dessas obras não são profundas.
Ainda nesta quarta-feira, os compositores Arthur Nestrovski e José Miguel Wisnik apresentam uma aula-show, com obras que vão do erudito ao popular, de Caetano Veloso a Franz Schubert, durante o I Congresso de Jornalismo Cultural.
Veja trecho de uma aula-show apresentada pelos músicos na Casa de Cultura Laura Alvim (RJ).
Fotos: Renato dos Anjos
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A crítica literária
A literatura foi o assunto do primeiro debate desta quarta-feira (dia 6). Os palestrantes Adriano Schwartz, professor da EACH-USP, Cristovão Tezza, ganhador do prêmio Jabuti pelo livro O filho eterno, foram convidados para explicar o papel do crítico e analisar a atual produção literária durante o Congresso de Jornalismo Cultural. Completaram a mesa Jerônimo Teixeira, crítico de literatura da revista Veja, e Manoel da Costa Pinto, editor do Entrelinhas e apresentador do Letra livre, ambos programas da TV Cultura.
Escritor e também autor de resenhas para diversos veículos, Cristovão Tezza acredita que a crítica literária passa por uma crise, mas considera a situação melhor do que aquela vivida por ele mesmo na década de 80. “Do ponto de vista do autor, a situação melhorou muito. Acredito que o aumento da massa de leitores e o aumento de espaços pelos quais circulam informações sobre o livro contribuíram para mudar esse cenário”, explica. Mas faz ressalvas: “Ainda há poucos críticos literários fixos nos jornais. O que existe é a proeminência dos editores”.
Para Manoel da Costa Pinto, o que falta hoje à crítica literária é uma mudança no foco de análise. “Deveria haver um trabalho voltado menos ao autor e sim para o debate teórico, em que se procura sistematizar a produção literária atual. Fazer crítica não é apenas ler uma obra e avaliar. A crítica exige uma teoria sobre a leitura”, disse.
O professor Adriano Schwartz, autor do livro Memórias do presente – Cem entrevistas do Mais! (Publifolha), destacou a necessidade de se debater temas como a crítica literária e a produção do jornalismo cultural. “O Congresso é uma iniciativa importante, pois o jornalismo cultural está cada vez mais presente e ao mesmo tempo mais problemático. É uma característica do nosso grupo estar sempre insatisfeito”, concluiu.
Veja outras imagens da palestra sobre literatura e crítica literária:
Fotos: Renato dos Anjos
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Literatura de periferia
Alessandro Buzo, representante da literatura de periferia de São Paulo, foi um dos destaques das atividades paralelas ao Congresso de Jornalismo Cultural, realizadas durante toda a tarde de terça-feira. O agitador cultural e apresentador do programa “Buzão – Circular Periférico” da TV Cultura mostrou aos participantes suas principais obras, algumas publicas por editoras independentes.
Em entrevista à CULT, Buzo destacou a necessidade de aproximar o trabalho que realiza no bairro do Itaim Paulista, Zona Leste, de outros públicos. “A cultura de periferia sempre tentou dialogar com outros públicos. A literatura que faço tem voz própria e retrata muito a minha realidade. Mas também tento abordar questões comuns a todos e por isso tenho recebido uma grande aceitação”, afirmou.
Alessandro Buzo já publicou, entre outros, os livros Favela Toma Conta (Aeroplano Editora, 2006) e Guerreira (Global, 2007).
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Galeria de fotos: dia 5
Confira as fotos do segundo dia de palestras do I Congresso de Jornalismo Cultural:
Acesse o Flickr da revista CULT.
Acompanhe a cobertura completa dos debates no Blog e no Twitter.
Fotógrafo: Renato dos Anjos
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Programação: dia 6
10h – LITERATURA
– A crítica literária
– Os veículos renunciaram à tarefa de avalistas da produção literária?
– Qual é, na atualidade, o papel do crítico?
Com:
Adriano Schwartz – Professor da EACH-USP. Autor de Presente – Cem entrevistas do Mais! (Publifolha), entre outros
Cristóvão Tezza – Escritor. Autor de O fotógrafo (Rocco), O filho eterno (Record), entre outros
Jerônimo Teixeira – Crítico de literatura da revista Veja e autor, entre outros, da coletânea de contos Antes do Circo (Record)
Manuel da Costa Pinto – Editor do Entrelinhas e apresentador do Letra Livre, ambos programas da TV Cultura. Colunista do jornal Folha de S. Paulo e autor de Antologia comentada da poesia brasileira no século 21 (Publifolha)
Mediador: Ivan Marques – Professor de Literatura da FFLCH-USP
12h às 13h30 – Almoço
13h30 – TEATRO
– O espaço dedicado ao teatro na mídia
– A crítica e a produção teatral contemporânea
Com:
Beth Néspoli – Crítica de teatro do jornal O Estado de S. Paulo
Cibele Forjaz – Professora da ECA-USP. Dirigiu, entre outros, Rainhas – Duas atrizes em busca de um coração, e Vemvai – O caminho dos mortos
Welington Andrade – Professor e vice-diretor da Faculdade Cásper Líbero. Doutor em Literatura Brasileira, com ênfase em dramaturgia
Mediador: Hélio Cícero – Ator, diretor e professor da Escola de Atores do TUCA
16h – MÚSICA
– A crítica musical
– Os critérios e a linguagem
– A indústria e os artistas realizadores de uma obra
Com:
Arthur Dapieve – Crítico musical e professor de Jornalismo da PUC-RJ. Autor de Renato Russo – O trovador solitário (Ediouro) e BRock: O rock brasileiro dos anos 80 (Editora 34), entre outros
Lobão – Músico, apresenta os programas MTV Debate e Código MTV
Pedro Alexandre Sanches – Subeditor de cultura da revista Carta Capital. Autor de Como dois e dois são cinco (Boitempo), entre outros
Sérgio Martins – Crítico de música da revista Veja
Mediador: Alberto Ikeda – Professor de Música da UNESP
18h30 – Aula-show com Arthur Nestrovski e José Miguel WisnikArthur Nestrovski – Compositor e violonista, lançou, entre outros, o álbum Tudo que gira parece a felicidade (Gaia Discos)
José Miguel Wisnik – Músico e compositor, gravou, entre outros, o álbum Pérolas aos poucos (Maianga)
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A televisão, seu público e seu papel na difusão da cultura no Brasil foi o tema da última palestra desta terça-feira (dia 5). Mediada pelo gerente do SESC TV, Valter Vicente Sales, a mesa contou com a participação de Gioconda Bordon, coordenadora do Núcleo de Rádio da Fundação Padre Anchieta – Rádio Cultura, que falou sobre as principais diferenças da cobertura cultural realizada pelo rádio e pela mídia televisiva.
Seu companheiro na Fundação Padre Anchieta e coordenador de Conteúdo e Qualidade da TV Cultura, Gabriel Priolli analisou o déficit educacional do público acostumado a assistir à televisão comercial. Segundo ele, as emissoras deveriam rever o padrão de qualidade adotado em seus programas de entretenimento.
O professor da ECA-USP, Eugênio Bucci destacou a necessidade de se realizar debates democráticos como este proposto pela revista CULT. “Cada um dos palestrantes falou sobre seu ponto de vista e eu aprendi muito com eles. É uma grande vitória quando um congresso consegue dialogar sobre vários aspectos da televisão brasileira de forma democrática”, afirmou em seu discurso final.
Já Marcelo Marthe, subeditor de artes e espetáculo de Veja e responsável pela cobertura de televisão da revista, deixou um recado para os participantes. “O mais importante para um bom jornalista é ser desconfiado. Desconfiem de tudo: das fontes, do governo, das emissoras”.
Fotos: Renato dos Anjos
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Cultura, imperialismo e globalização
A segunda mesa de debate desta terça-feira (dia 5), realizada no teatro da PUC-SP, contou com a participação de Clóvis de Barros Filho, professor da ECA-USP, Ruy Braga, professor de sociologia da USP, e o jornalista José Arbex Jr., editor da revista Caros Amigos. O tema abordado foi “Os mecanismos de dominação tecnológica”, que inclui a cultura, o imperialismo e a globalização.
Para José Arbex, o Congresso deu um passo à frente no sentido de avaliar a repercussão da cultura na mídia. “A importância deste evento consiste justamente em ser o primeiro para refletir sobre o jornalismo cultural. Essa discussão precisa ser ampla e radical, abordando exemplos culturais como as escolas do MST, que mantém ainda métodos de ensino propostos por Paulo Freyre”, afirmou.
Ruy Braga, que teve seu livro Por uma sociologia pública (Alameda Editorial) lançado durante o Congresso, com direito a sessão de autógrafos, também participou da mesa. Mediado por Ivan Giannini, superintendente de Comunicação do SESC-SP, ele abordou temas ligados à história do desenvolvimento tecnológico das sociedades imperialistas e suas transformações ao longo da história.
Ainda nesta terça-feira, o Congresso de Jornalismo Cultural, iniciativa da revista CULT, apresenta uma mesa sobre a televisão, na qual serão debatidos temas como a importância deste veículo para a crítica cultural no Brasil.
Veja fotos de outros participantes da mesa:
Fotos: Renato dos Anjos
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A cultura na formação do homem
Completam a mesa dois colunistas da revista CULT, realizadora do evento: Francisco Bosco, ensaísta e escritor, e Marcia Tiburi, professora de filosofia do Mackenzie e apresentadora do programa Saia Justa, do GNT. Augusto Rodrigues, diretor de Comunicação Empresarial e Relações Institucionais e responsável pela CPFL Cultura, também estava presente.
Em entrevista, Danilo Miranda destacou a importância que a imprensa possui na formação da população por ser um órgão difusor de cultura. “O jornalismo também tem a função de educar, mas infelizmente isso está sendo esquecido. Esse é um ponto que precisa ser alterado”, afirmou o diretor do SESC-SP.
O debate entre os palestrantes abordou também temas como a indústria cultural, a falta de preparo dos jornalistas culturais em analisar criticamente uma obra de arte e iniciativas de empresas privadas na área de eventos culturais.
O I Congresso de Jornalismo Cultural, iniciativa da revista CULT, vai até o dia 8 de maio, sexta-feira, no teatro da PUC-SP. Serão realizadas mesas de debates com os principais representantes do jornalismo cultural e da área de ciências humanas. Paralelamente ao evento, ocorre também o lançamento do novo livro de Ruy Braga, Por uma sociologia pública (Alameda Editorial), e uma sessão de autógrafos com o agitador cultural Alessandro Buzo.
Fotos: Renato dos Anjos
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Galeria de fotos: dia 4
Confira as fotos do primeiro dia do Congresso de Jornalismo Cultural, realizado pela revista CULT, no TUCA (PUC-SP).
Galeria de fotos no Flickr
Fotógrafo: Renato dos Anjos
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